Orientações ao Leitor

Amor Amador é um exercício de expressão no mundo de forma humanista, contemporânea e sensível, além de minhas outras formas como cientista e educador.

Publico homenagens singelas à toda musa inspiradora, através da minha vida. Sou apenas uma antena, pertence à musa a poesia !

Meu anelo é compartilhar emoções com efeito estético que cultivem e motivem seres humanos melhores para uma Nova Cultura e um Mundo melhor para todos.

Caso seja uma pessoa muito pudica e tradicional cuidado para não se suscetibilizar com as licenças poéticas apresentando imagens e linguagem direta, inerentes à temática do amor.

As poesias serão postadas sem nenhuma ordem cronológica mostrando a produção desde 1968 até os dias atuais.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Memórias da Pele III

Foi mesmo antes que eu pudesse conhecer
A maioria do código de sinais
A assinatura de acordos tácitos
Ou a reprimenda sutil mas definitiva.

Estava subjacente nas digitais
Margeando as linhas do destino nas mãos
Como reproduzindo uma legislação
Tudo no grito mudo para revelar.

Trazia o caudal das lembranças
Preenchendo o futuro ainda adiado
A memória se fazia silenciosa
Quando não conseguia decifrá-la.

Traz os sóis que experimentei
Os caminhares contra o vento
Os tapas da vida insolente
Recipiendário da história particular.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Memórias da Pele II

Foi sempre tua solução criativa
Reinventar cada repercussão
No segredo mantido subcutâneo
Mimetizado como veia capilar.

Tua história com tuas estórias
Tem geografia própria em territórios
Cantos e recantos recônditos
Espaços com dimensões próprias.

O traço do batom fazendo outra boca
Mais perfeita que a verdadeira
Com outros contornos novos
Disfarçando pequenas imperfeições.

Até os gestos de esgares ávidos
As intenções mais legítimas
Também o riso e o sorriso
Tudo à flor da pele !

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Memória da Pele

 

Qualquer risco ou rasgo

Traços e trilhas como marcos

Riscas diferenciadas no feminino

Até mesmo marcas de expressão.

 

Rugas e outras dobras

Suspeitas e vicissitudes comprováveis

Recordações indeléveis ?

Apesar de aparente fugacidade ?

 

Detalhes de pequenas cicatrizes

Cortes feitos com unhas ou fatos

Sempre ameaçadores e presentes

Ainda que não apareçam à vista de todos !

 

Foi o rímel ou a fuligem ?

Afinal o raio de sol ou a lágrima ?

Pergunta ou resposta ?

O que causou tais sinais?

terça-feira, 29 de junho de 2010

CORPO II

Melhor seu corpo assim mesmo
Como está, como ficou afinal
Mesmo com as manchas roxas
Que você diz serem da pele ressecada
Ou então sei lá mais o quê , então ?
Ao virar a tira ao lado do biquíni
Mostrou agora a pele já quase normal
Sua tez alva sem marcas do sol
Sua alvura imaculada então
Produto de não se expor também ao tempo
Apesar de sua inconcebível maturidade
Melhor seu corpo assim como é !

segunda-feira, 28 de junho de 2010

CORPO I

Assim saída do meio do conjunto
Mostrando-se apesar de discreta
Sua mão sobre o peito impossível
Tentando esconder a maravilha
Pequenas testemunhas da maternidade.

Além de tudo o mais, há o seu olhar
Perscrutando contudo escondida
As mesclas de cabelo sobre a face
Emoldurando suaves o semblante
Como se fosse possível ser menos feminina.

domingo, 27 de junho de 2010

CADEIA ALIMENTAR

Ainda bem que você desapareceu ... !
Onde estava após o almoço no curso ?
Laboriosa em múltiplas atividades
Nas práticas às quais tão bem se dispõe
Só deixando seus vestígios femininos
Resultados de ações pontuais, mas precisas
Trajetória do seu percurso de Mulher
A sua marca pessoal permanente.

Ainda que sua presença constante
Me pudesse me trazer certo desassossego
Como aprender mais, só com você ao meu lado ?
Sem interagir com seu corpo e idéias
Assim ainda separados no curso desconhecidos
E afinal eu pude resistir e então me comportar
Mas contudo, você sozinha, solta no curso
Você prova a persistência do instinto como preservação da espécie
E a teoria da cadeia alimentar ecológica.

sábado, 26 de junho de 2010

SUEDANA II

Foi só através do suor que a vi
Abrumada visão da Mulher
Mais do que posso tocar agora
Ente mitológico feminino
Jazia na minha memória atávica
Despertada agora pelo aroma dos óleos essenciais
Nem sei olhar para qual metade
A da mulher ou a parte mítica ?
Mesmo seu corpo nú não se revela
Não importa quanta ou qual roupa
Estiver protegendo ou prometendo-o
Falta ainda o seu consentimento
Enquanto não conto com o seu desejo
Para que eu possa olhar você desnuda
E afinal enxergá-la toda nua.

Nota do Autor:
Suedana é o nome genérico na Ayurveda, Ciência e Medicina Tradicional Indiana, que designa os tratamentos a base de produção de calor e suor no paciente.