Orientações ao Leitor

Amor Amador é um exercício de expressão no mundo de forma humanista, contemporânea e sensível, além de minhas outras formas como cientista e educador.

Publico homenagens singelas à toda musa inspiradora, através da minha vida. Sou apenas uma antena, pertence à musa a poesia !

Meu anelo é compartilhar emoções com efeito estético que cultivem e motivem seres humanos melhores para uma Nova Cultura e um Mundo melhor para todos.

Caso seja uma pessoa muito pudica e tradicional cuidado para não se suscetibilizar com as licenças poéticas apresentando imagens e linguagem direta, inerentes à temática do amor.

As poesias serão postadas sem nenhuma ordem cronológica mostrando a produção desde 1968 até os dias atuais.

terça-feira, 29 de junho de 2010

CORPO II

Melhor seu corpo assim mesmo
Como está, como ficou afinal
Mesmo com as manchas roxas
Que você diz serem da pele ressecada
Ou então sei lá mais o quê , então ?
Ao virar a tira ao lado do biquíni
Mostrou agora a pele já quase normal
Sua tez alva sem marcas do sol
Sua alvura imaculada então
Produto de não se expor também ao tempo
Apesar de sua inconcebível maturidade
Melhor seu corpo assim como é !

segunda-feira, 28 de junho de 2010

CORPO I

Assim saída do meio do conjunto
Mostrando-se apesar de discreta
Sua mão sobre o peito impossível
Tentando esconder a maravilha
Pequenas testemunhas da maternidade.

Além de tudo o mais, há o seu olhar
Perscrutando contudo escondida
As mesclas de cabelo sobre a face
Emoldurando suaves o semblante
Como se fosse possível ser menos feminina.

domingo, 27 de junho de 2010

CADEIA ALIMENTAR

Ainda bem que você desapareceu ... !
Onde estava após o almoço no curso ?
Laboriosa em múltiplas atividades
Nas práticas às quais tão bem se dispõe
Só deixando seus vestígios femininos
Resultados de ações pontuais, mas precisas
Trajetória do seu percurso de Mulher
A sua marca pessoal permanente.

Ainda que sua presença constante
Me pudesse me trazer certo desassossego
Como aprender mais, só com você ao meu lado ?
Sem interagir com seu corpo e idéias
Assim ainda separados no curso desconhecidos
E afinal eu pude resistir e então me comportar
Mas contudo, você sozinha, solta no curso
Você prova a persistência do instinto como preservação da espécie
E a teoria da cadeia alimentar ecológica.

sábado, 26 de junho de 2010

SUEDANA II

Foi só através do suor que a vi
Abrumada visão da Mulher
Mais do que posso tocar agora
Ente mitológico feminino
Jazia na minha memória atávica
Despertada agora pelo aroma dos óleos essenciais
Nem sei olhar para qual metade
A da mulher ou a parte mítica ?
Mesmo seu corpo nú não se revela
Não importa quanta ou qual roupa
Estiver protegendo ou prometendo-o
Falta ainda o seu consentimento
Enquanto não conto com o seu desejo
Para que eu possa olhar você desnuda
E afinal enxergá-la toda nua.

Nota do Autor:
Suedana é o nome genérico na Ayurveda, Ciência e Medicina Tradicional Indiana, que designa os tratamentos a base de produção de calor e suor no paciente.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

SUEDANA SUEDANA I

Meu tratamento foi você
Que ainda me faz suar
Inesperada e imprevista
Revelando sabores sutis
Como os das especiarias aromáticas
Sem que fosse preparado ex-professo
Estava sempre por perto afinal
Sua presença concedendo presença
Por isto não a pude esquecer
Quando via olhava você sempre
Não importa em qual direção
Na sua forma inconfundível
Mesmo quando vista de perfil
Apenas uma nesga de você mesma
Diante de sua complexidade madura
Vital como os cereais germinados
A partir da luz e calor sagrados
Propulsionando você de semente à alimento.

Nota do Autor:
Suedana é o nome genérico na Ayurveda, Ciência e Medicina Tradicional Indiana que designa os tratamentos a base de produção de calor e suor no paciente.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

CURTA* LEMBRANÇAS

Foi mesmo no seu seio
Onde ainda não dormi
Que eu sonhei acordado
Reminiscências do sexo
Agora ainda abandonado
Enquanto passam as aulas
Aprendo o que não ensinam
Recordo que eu deveria amar
Mas que preciso outros verbos
Adaptar, conformar, resignar
Estou mesmo sozinho
E ainda não tenho você !

* Nota do Autor:
O título não é mesmo Curtas, como seria com concordância nominal, mas Curta do imperativo do verbo da gíria, curtir no sentido de usufruir, desfrutar. Sugestão para a musa inspiradora curtir as lembranças ...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

MASSAGEM A QUATRO MÃOS

Duas mãos sobre o corpo
Outras duas, outro corpo :
“Massagem à quatro mãos” !
Mas não na forma tradicional
Não sobre o mesmo corpo então,
Minhas duas mãos já antes
Deslizaram em manobras sagradas
Depois as suas duas sobre o meu
Completamos o ciclo sem início
Nos vimos e nos tocamos quase em total
Conhecemos antes os nossos corpos
Os tivemos próximos à nudez
Os sentimos com outras percepções
Enquanto estamos no intermédio
Mesmo antes de namorarmos
Praticamos massagem à quatro mãos.

terça-feira, 22 de junho de 2010

PASO DOBLE

Mi escudo es la sensatez con la cúal contesté
Con los sensos à flor de la piel
Y la portada de mi rostro
Tu mirada penetrante y fatal
Osada me lanzaste tu canto de sirena
Que hizo naufragar mis ilusiones
De ser ahora inquebrantable
à voluntad femenina.

Casi vencido como naufrago argonauta
Arrojado a tus playas secretas
isleime pós la tormenta
SOS para salar mi alma
Intentar sobrepasar el mar proceloso
Acreditar que poderia viver
Sin que tu devorase mi potencia
En ritmo de tu paso doble.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

TU ERES MADRI

Incogniscible afinal

Con sus meandros secretos

Becos hecho para canciones

Como el ritmo flamenco de tu cuerpo.

Latente latinidad

desde conquistas y descubrimentos

navegas entre los continente4s

domingo, 20 de junho de 2010

OS CHEIROS DA MATA

Os odores quase peçonhetos deles
calcinam meus raros ferormonios
meu rarefeito almiscarado já pode pouco
contra seus suores em minhas trilhas antes impolutas
agora estão quase apagadas todas
maceradas pelo seu tropel triunfal.

Já nãomais me consorcio com a ráfaga
Para volátil envolver as almas
Antes qualquer um nelas reconhecia
meu cheiro inconfundível de dono
para respeitoso rápido afastar-se
mantendo incólume meu território.

Meu fértil vale foi devassado
À toda hora assaltado por Faunos
são eles quem dominam tudo
A mim sobrou sua complacente amizade
Permitem pois que eu sobreviva
ainda que apenas para lhes cantar as glórias.

Só eles amealham fêmeas e prole
Edifiaram seus caste4los nas colinas
Protegidos do frio e de invasões
Vivem lá de fartas colheitas
no luxo e luxúria dos Faunos
Oferecendo-me generosa paz fraternal.

sábado, 19 de junho de 2010

OS FAUNOS E O LOBO

Audazes, temerários
Perambulam à solta
Infensos e invulneráveis
São sempre campeões
Luzem o peito incólume
São eles os faustos, os Faunos !

Enquanto eu, sem matilha
Lambo minhas velhas feridas
Lamento meu banzo antigo
Temperando a vida com a saudade
Recordo o tempo em que eu fui
Um bom lobo felpudo e voraz.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

OCASO DO LOBO

O Lobo da Estepe de Herman Hesse
Esclareceu na minha juventude
Aquele quem era eu sem saber
Solitario, exilado e sem pares
Tive que criar meu próprio território
Conquistado à duras provas vitais
Tomado à força, não sem lutas
Até que encontrei certa paz
Após décadas de conquistas
Já tive meu valor e glórias
Cheguei a me considerar vencedor
Extendi meu domínio e influência
Até onde pude me fazer conhecido
Agora aquele que ainda podia ser afinal
Lobo em pele de cordeiro afinal
Tornei-me algo velho, entre inútil e inofensivo
Até as ovelhas me focinham sempre
Nem ousadas, nem temerárias enfim
Porque não há nem a quem temer
Seguem seu caminho livres e soltas
Sem precisar sequer me desafiar
Os Faunos invadiram a pradaria
Apoderamram-se do que foi meu
Já nem respeitam meus uivos roucos
Agora é o ocaso do lobo !

quinta-feira, 17 de junho de 2010

CÂNDIDO

Minha candidatura é essa
o ato cândido de me apresentar
assim despido de adereços
sem tantas intenções possíveis.

Com a túnica branca
a alma alva e lavada
apresento-me aos semelhantes
cantando o amor amador.

Qual mácula lançariam sobre mim
a não ser do passado longíncuo
do qual só restam apenas letanias
a lutar contra o abrumado letargo do olvido.

Que expiação terei eu ainda
só por ser amigo de tantos Faunos e Faunas
acumpliciar-me por meu silencio
com suas sanhas concupiscentes.

É esse também meu ato candido de agora
apresentar-me para revelar os Faunos e Faunas
ao tempo em que ofereço a oração do meu canto
implorando por suas almas indômitas ao instinto.

Sou o do eremitério monástico
daqui das noistes insones pronuncio
meu canto de solitude atemporal
seja ele seu acalanto apascientador.

Aceite pois minha candidatura oferenda
permita que eu visite seu coração
apenas canto inocente e inofensivo
sem nenhuma sedução, o Amor Amador.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

AMORES PLATÔNICOS

Só tão intelectuais
São tão idiotas assim
De viver do subjetivo
Abdicando da vida prática além da real
Então adiando uma “paixão”
Por motivos justificáveis
Ao evitar desilusões amorosas
Evitando a todo custo
Uma mulher fatal
Que só parece comportada.

Só como intelectual
Aceito tanto adiamento
Você parecendo até tímida e recatada
Apesar de ser decidida e definida
Como carta marcada
Com sua presença requisitada
Uma raridade indizível
Se insinua inocente
Gera inflamação e febre
Me deixa “doente” de paixão.

Só os intelectuais podem amar
Como vítimas da paixão
Com sua vida virtual paralela
Mais presente que a real
Amor ainda possível
Só para os muito criativos
Resistindo às distâncias físicas
Relacionamento realizável ao menos para intelectuais
Ao menos para nós dois afinal por algum tempo
Capazes de amores platônicos.


Nota do Autor:

Amores platônicos no sentido dos sentimentos e amores que não se realizam no concreto, não se manifestam como relacionamentos físicos, são criados e se mantém no mundo das idéias como concebeu o filósofo grego Platão.

terça-feira, 15 de junho de 2010

DEFINIÇÕES

O que eu espero ?
Que me entregues não tuas palavras
Em conversa educada
Mas tua boca sedenta
Como a minha então
Dos beijos até hoje adiados.

O que eu quero ?
Que me concedas não tuas cortesias
Em relacionamento amistoso
Mas tuas ações decididas
Como esta minha agora
De procurar reconstruir o passado.

O que eu preciso ?
Que me namores não com dúvidas
Em conjecturas racionais
Mas em teus momentos felizes
Como ao estar comigo tanto
De poder esquecer o mundo.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

TRILHAS E TRAJETÓRIAS

Prefiro qualquer das celulites ou as rugas iniciais
Que afinal tanto preocupam a você, não a mim
Do que a pele lisa sem trajetórias
Melhor a trilha das dobras
Prometendo tesouros secretos
Prefiro cabelos negros prateados
Fora dos preconceitos afinal
Do que outras cores e luzes
Você é Você até a raiz dos cabelos
Que prefiro pretos naturais
Fica melhor ondulada
Não deve querer ser lisa
E sim sinuosa, curvilínea
Você é feminina e melíflua
Na fotografia da minha memória
Nem se preocupe jamais
Prefiro o corpo incandescente
Ao invés de bonecas de brinquedo
Uma Mulher de verdade.

domingo, 13 de junho de 2010

CORPO

Melhor seu corpo assim mesmo
Como está, como ficou afinal
Mesmo com as manchas roxas
Que você diz serem da pele ressecada
Ou então sei lá mais o quê , então ?
Ao virar a tira ao lado do biquíni
Mostrou agora a pele já quase normal
Sua tez alva sem marcas do sol
Sua alvura imaculada então
Produto de não se expor também ao tempo
Apesar de sua inconcebível maturidade
Melhor seu corpo assim como é !

sábado, 12 de junho de 2010

FATAL OU LETAL ?

Sem qualquer intenção fatal
Através das fendas das vestes
Descobri as cores do seu corpo
Rosáceas, alvas e até mais negras
Existem bicos além dos vales
Adiante de recônditos remansos secretos
E curvas, muitas curvas
Meandros margeando as duas florestas...
Percorrer através das nesgas
Meu talvez destino provável
Ainda que no imaginário
Trouxe lassidão, fome e sede
E isto sim quase foi letal